Documentário : RIP! A Remix Manifesto (imperdível)

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Este documentário aborda o tema dos direitos autorais e explica o tema do momento, o S.O.P.A
Nele (1h10m) pode ver o que falam do Brasil iniciando com o programa do Serra contra as industrias farmacêuticas americanas.
RIP!: a Remix Manifesto (RIP, um manifesto do Remix) é um documentário dirigido pelo ciberativista Brett Gaylor, e tem como foco principal a discussão acerca dos direitos autorais, propriedade intelectual, compartilhamento de informação e a cultura do remix nos dias de hoje.

O documentário conta com presenças ilustres como a do produtor Gregg Willis, conhecido no mundo da música como “Girl Talk”, Lawrence Lessig, criador da Creative Commons, Gilberto Gil, então Ministro da Cultura no Brasil, o crítico cultural Cory Doctorow, dentre outros.

O filme foi lançado oficialmente em 2008, no Canadá, mas disponibilizou material online muito antes, através de um projeto criado por Brett Gaylor intitulado Open Source Cinema. O objetivo era que o filme fosse uma produção colaborativa, onde o público pudesse contribuir com material ou mesmo baixar, editar e remixar o filme de acordo com a sua vontade, seguindo a idéia da Cultura do Remix. O projeto foi um sucesso e ganhou muitos prêmios.

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Enredo
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O filme começa introduzindo a arte do remix, através do o trabalho de Girl Talk. Ele faz mashups, ou seja, recorta trechos de diversas músicas e os rearranja em uma disposição totalmente diferente, criando uma nova música.

Aos poucos, Brett Gaylor, que narra o filme em primeira pessoa, vai nos apresentando questões polemicas que giram em torno desse tipo de trabalho, como a guerra que vem sendo travada entre dois grandes exércitos: os “Copyright”, que representam as corporações privadas que consideram que idéias são propriedade intelectual e devem ser protegidas e trancafiadas para lucro próprio; e os “Copyleft”, que visam compartilhar conteúdo e defendem o domínio público como sendo um espaço para a livre troca de idéias e a garantia do futuro da arte e da cultura.

Diante dessa batalha, e estando no time dos Copyleft, Gaylor e outros defensores da causa criaram o seguinte manifesto:

1) A cultura sempre se constrói baseada no passado;

2) O passado sempre tenta controlar o futuro;

3) O futuro está se tornando menos livre;

4) Para construir sociedades livres é preciso limitar o controle sobre o passado.

Baseando-se nessas premissas, a história do filme se desenvolve, passando por várias entrevistas com representantes dos 2 lados da guerra. O documentário se auto-denomina uma representação desse manifesto, convocando a participação das pessoas não só na guerra contra as grandes corporações defensoras dos copyrights quanto na produção de novos conteúdos baseada na remixagem, garantindo assim o futuro da cultura e a arte.
Fonte:Wikipédia, a enciclopédia livre.

Textos extraídos do Documentário:
“O que Walt Disney fez, talvez melhor do que qualquer um, foi pegar obras do domínio público, atualizá-las e torná-las relevantes para a nossa época.
Walt Disney fazia remixagens.
“Steamboat Willie” é baseado em “O Herói do Rio”. Ele orientou os funcionários a copiar “O Herói do Rio”.Bill, no barco a vapor, descendo o Mississipi. Ele usou aquilo para que reconhecessem a referência. Mickey representava qualquer indivíduo…
…Então,depois de Walt Disney,a Corporação Walt Disney mudou.
O objetivo dela não é mais criar obras baseadas no passado.Seu objetivo também é controlar as obras da Disney,
para garantir que outros não se baseiem nelas.A Disney processou uma creche da flórida, pois as pinturas nas paredes não foram autorizadas.recebeu uma carta da empresa dizendo que a pintura viola os direitos autoraise pode dar a impressão de que a creche é da Disney.

Em 1998, quando Mickey completou 60 anos,a lei foi reescrita para que o império Disney, tivesse o controle ilimitado do rato. Estendeu-se o direito autoral para 70 anos após a morte do autor.
Corporações ganharam 95 anos, mais que o quádruplo dos 14 anos originais da lei dos EUA. E não foi apenas Mickey.Tudo o que seria usado livremente foi trancado.
Hoje, para criar arte com o domínio público, é preciso buscar obras anteriores a 1923. Este é o melhor exemplo dos pontos um e dois. Walt Disney se baseou no passado, morreu, e a Corporação Disney
mudou a lei para que não fizessem mais isso. Hoje quem quiser fazer colagens, como Walt Disney,precisa agir fora da lei.

Seis estúdios hollywoodianos e quatro grandes gravadoras agora controlam Hollywood. E essas empresas pertencem a outras maiores: Disney, Viacom, Time Warner,News Corp, BMG e General Eletric detém mais de 90% da mídia dos Estados Unidos Elas são representadas por dos grupos: A Associação Americana de Gravadoras e a Associação Americana
de Filmes. Você pode não gostar, mas eles controlam nossa cultura. O objetivo principal é preservar o modelo que enriqueceu essas corporações,que enriqueceu essas corporações.

Quando estão on-line,é fácil saber quem vocês são. Certo? Temos a data o nome, o endereço,e todas as 200 canções que baixaram de forma ilegal. Podem ser presos por cinco anos e pagar multas de US$ 250 mil por cada música roubada.

O lobby do entretenimento nos EUA pressiona o governo para terleis cada vez mais rígidas,o que levou a processos contra mais de 24 mil americanos.
Minha família foi processada.Eles tinham cerca de 9 músicas que eu teria baixado. Eles ameaçam cobrar uma grande soma de dinheiro. Eles pediram cerca de US$ 4.500 no acordo. Eu teria que pagar, no mínimo,US$ 750 por canção,chegando até a quantia de US$ 150 mil por canção… eles perderam milhares de dólares, e nem um centavo foi para os artistas supostamente defendidos.

A cura do câncer pode estar próxima, mas proibida. Podem guardar a ideia sem usá-la.
Não há limite para o que se considera uma propriedade. Em 1980 a Suprema Cortedos EUA decidiu que organismos podem ser patenteados. Logo após a decisão,a ayahuasca, uma planta da floresta amazônica, foi patenteada por um empresário dos EUA. A planta é usada na Amazônia há Várias gerações,em práticas medicinais e espirituais.
Agora, com a vida patenteada, começou a corrida.

Quando os EUA se desenvolveram,após a revolução, no primeiro século, não se respeitavam direitos autorais, exceto os de autores americanos. Escritores como Charles Dickens era pirateados com entusiasmo pelas gráficas, que usavam o lucro para subsidiar obras de Mark Twain, um escritor local.

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